Mundo Náutico

Robert Scheidt é bronze na Copa do Mundo em Hyères

Fonte: Local

Recuperado de uma lesão no joelho esquerdo que o afastou das competições, Robert Scheidt voltou ao pódio da Copa do Mundo, em Hyères, reafirmando-se como um dos maiores nomes da vela no mundo. O velejador ficou com o quarto lugar na medal race, disputada neste domingo (26) na raia francesa, suficiente para conquistar a medalha de bronze. O australiano Tom Burton foi o vencedor, e o inglês Nick Thompson ficou com a prata.

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O vento soprou forte na raia francesa neste domingo (26), com rajadas de até 20 nós (37 km/h), tornando a decisão da Copa do Mundo ainda mais emocionante. Na classe Laser, os dez melhores velejadores da competição disputaram uma medal race rápida. Scheidt, precisando de apenas três pontos para alcançar o então terceiro colocado, o australiano Tom Burton, teve problemas na largada, mas soube aproveitar o vento e foi recuperando posições ao longo da prova, até ficar com o quarto lugar.

"Tive uma penalidade logo antes da largada, por isso fiquei em último durante toda a primeira perna da prova. Mas consegui me recuperar a tempo de chegar em quarto lugar. Terminar em terceiro lugar, vindo de uma lesão, é um grande resultado", explicou Scheidt, dono de cinco medalhas olímpicas (dois ouros, duas pratas e um bronze) e 14 títulos mundiais, entre Laser e Star. O brasileiro também comemorou a conquista da esposa, Gintare Scheidt, que ficou com a prata na Laser Radial.

A etapa francesa da Copa do Mundo apostou num formato mais enxuto, com apenas 8 regatas na fase classificatória e 40 velejadores na raia, entre os melhores do mundo na classe Laser. A competição é o primeiro evento deste ano analisado pelo conselho técnico da CBVela no processo de escolha da equipe olímpica brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016. Ainda estão na lista a etapa de Weymouth da Copa do Mundo, na Austrália, o evento-teste olímpico no Rio de Janeiro, a Semana Internacional de Vela do Rio e os Mundiais de classe.

"Estou bem satisfeito com a minha semana em Hyères. Consegui velejar em alto nível, sempre entre os primeiros, e brigando por medalha até o fim. Isso é algo muito positivo para o meu momento atual", analisou o velejador, patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex, Deloitte e Audi, com os apoios de COB e CBVela. "E sei que ainda tenho espaço para evoluir nas próximas competições, isso é o melhor."

O próximo desafio de Scheidt é a Semana Olímpica de Garda, disputada entre 12 e 17 de maio "no quintal de casa", na Itália. Será a última etapa de preparação antes do seu principal objetivo na temporada, o Mundial de Laser de Kingston, no Canadá, a partir de 29 de junho.

Classificação final

1. Tom Burton (AUS) - 49 pontos perdidos (2+[33]+3+2+11+5+1+21+4)
2. Nick Thompson (GBR) - 57 pp (8+[36]+9+6+6+13+3+2+10)
3. Robert Scheidt (BRA) - 66 pp (9+6+7+17+5+11+[22]+3+8)
4. Jesper Stalheim (SWE) - 69 pp ([33]+4+15+4+26+2+8+5+6)
5. Rutger Van Schaardenburg (NED) - 69 pp (1+13+16+9+4+10+[26]+4+12)
6. Nicholas Heiner (NED) - 79 pp (5+[24]+4+5+1+17+18+7+22)
7. Tonci Stipanovic (CRO) - 89 pp (3+[8]+6+8+3+8+6+41+14)
8. Charlie Buckingham (USA) - 97 pp (7+[31]+19+18+8+14+9+20+2)
9. Andy Maloney (NZL) - 98 pp (12+9+18+7+10+3+21+[25]+18)
10. Juan Ignacio Maegli Aguero (GUA) - 103 pp (14+[25]+8+16+12+22+4+11+16)

Maior atleta olímpico brasileiro

Laser
Onze títulos mundiais - 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
Três medalhas olímpicas - ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star
Três títulos mundiais - 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
Duas medalhas olímpicas - prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

Mais informações em www.robertscheidt.com.br

Twitter: @robert_scheidt
Facebook: Robert Scheidt

Fevers cancela regatas de Optmist, J24 e MT19 neste fim de semana

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O Diretor Técnico da Federação de Vela do Estado Carlos Henrique Deda De Lorenzi comunica o cancelamento de regatas.

A pedido da flotilha as regatas de Optimist previstas para os dias 25 e 26 de abril ficam canceladas.

Também, tendo em vista a realização da regata Porto Alegre - Tapes, com organização do Veleiros do Sul, nas datas de 25 e 26 de abril,  as regatas das classes Microtonner 19 e J-24, ficam canceladas. 

 

Obrigado Brasil...Volvo Ocean Race larga para os EUA

Fonte: Volvo Ocean Race

A maior regata de Volta ao Mundo do planeta se despede de Itajaí, em Santa Catarina, com desejo de quero mais. Até o vento não queria ir embora do Brasil e as seis equipes sofreram para entrar no Oceano Atlântico.

Eles partiram! A Volvo Ocean Race deixou o Brasil com destino aos Estados Unidos, neste domingo (19), depois de 17 dias na cidade de Itajaí, no sul do País. Os seis barcos terão pela frente toda a subida pelo Oceano Atlântico até a chegada em Newport, Rhode Island. Serão 9.278 quilômetros de regata e os vencedores devem cruzar a linha de chegada na cidade norte-americana no início de maio.

A largada da sexta etapa da Volta ao Mundo foi praticamente sem vento. Os barcos demoraram mais de uma hora para fazer um percurso curto de saída. Talvez a merreca de vento tenha sido um presente para o público, que lotou a Vila da Regata para ver seus heróis. O brasileiro André 'Bochecha' Fonseca, do MAPFRE, agradeceu o carinho e prometeu mais dedicação a bordo.

"Fiquei muito feliz com o carinho que tive dos brasileiros, que adotaram o time espanhol como favorito. Nós disputamos uma regata bastante complicada e os resultados mostram isso. Por isso é bom ter uma torcida maior", disse o brasileiro.

A sensação de todos era de quero mais. "Gostaria de ficar mais uma semana em Itajaí. Conseguimos descansar um pouco e curtir as praias, a comida e o povo local. Estamos prontas para a próxima", contou Carolijn Brouwer, velejadora do Team SCA. "A etapa será boa pra gente, principalmente nos primeiros dias com ventos um pouco mais fracos, ideais para as mulheres. A perna terá uns dez dias de regata próxima à costa brasileira e depois vamos passar pelos doldrums . É um desafio, mas a gente se preparou".   

A liderança é do Abu Dhabi, seguido pelo Dongfeng e Team Brunel na zona do pódio. "Temos um tripulante novo e um desafio de passar por uma etapa difícil. A regra é acreditar na estratégia porque os barcos estarão próximos. A meteorologia é traiçoeira", disse Bouwe Bekking, do Team Brunel.  "Tudo pode ocorrer. É só lembrar o que ocorreu com o time espanhol na edição passada. O Abu Dhabi lidera bem, mas ainda tem muito para rolar, inclusive mais uma travessia transatlântica".

Convidados ilustres, como a modelo Ellen Jabour e o tetracampeão Marcio Santos, seguiram a tradição de pular do barco após o contorno da última boia. "Sempre representei o Brasil e agora mais uma vez nesse desafio inusitado. Santa Catarina está de parabéns por sediar um evento deste porte".

O evento desembarcou pela segunda vez em Itajaí (SC) e mais uma vez teve índices surpreendentes de público.